Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Ta, mas e ai?
Num primeiro momento Lou odeia o emprego. Will é muito hostil, amargo e agressivo com ela, mas Lou tenta aguentar firme pelo dinheiro. Aos poucos eles acabam se aproximando e construindo uma relação intensa de intimidade e amizade que se transforma em amor. Não somente no amor romântico, mas no amor verdadeiro, que rompe todos os obstáculos, que se flexibiliza, que vê beleza onde não há.
O problema é que Lou descobre que Will não só é um potencial suicida como deu um prazo de 6 meses de vida para os seus pais se despedirem dele e se acostumarem com a ideia de não tê-lo por perto para depois finalmente se suicidar na clínica Dignitas, na Suiça.
E é disso que vamos falar, Dignitas! Clinica de suicídio sem dor que se localiza na Suíça, além de ser assistido pelos funcionários.
Como funciona isso?
Os interessados no funesto processo devem passar por avaliações médicas e reunir diversas testemunhas que atestam e assinam o interesse do paciente.
Se paciente não pode assinar, é feito um pequeno vídeo aonde ele e testemunhas confirmam sua identidade e seu desejo.
Alguns minutos antes de receber o coquetel que vai tirar sua vida, o paciente é consultado novamente e é oferecido mais tempo para pensar no assunto. Se houver determinação em prosseguir, o processo desenrola-se.
No ritual, o paciente ingere um anti-emético (Medicamento para evitar vômitos) e em seguida uma dose de Nembutal dissolvido em suco de frutas.
Surge sonolência, que evolui para o coma e em cerca de 30 minutos ocorre a morte por parada respiratória.
É dito que a Dignitas aplica taxas de € 4.000 (£ 3,182 / $ 5,263.16) para a preparação e assistência de suicídio…
Ou ainda, ou € 7.000 (£ 5,568 / $ 9,210.53) em caso de assumir os deveres familiares, incluindo os funerais, os custos médicos e taxas oficiais.
Ha, e antes que eu me esqueça… A Dignitas diz-se uma instituição SEM FINS LUCRATIVOS.
Depoimento brasileiro
Na escola, eu lutava judô e era a atleta da sala. Depois, me formei em Educação Física e pratiquei todo tipo de esporte. Malhava e corria diariamente, pegava onda quase todo fim de semana e participei de maratona. Tudo acabou há três anos. Dei um mergulho no mar, de um lugar alto, não vi que a água estava rasa e caí de cabeça num banco de areia. Quebrei uma vértebra na coluna cervical e fiquei tetraplégica. Desde então, só consigo mexer a cabeça.
A lesão não tem cura. Passei meses fazendo um tratamento experimental, nos Estados Unidos, e não melhorei. Centenas de médicos testam novos métodos e técnicas de cirurgias pelo mundo, cobram caro e não oferecem resultados. Conheço muita gente que viajou, pagou e se frustrou. Por isso, não me arriscaria a fazer uma cirurgia que pode não dar resultado. E o risco de que eu falo não é risco de vida ou financeiro, é o risco de me decepcionar. Fiquei muito tempo achando que as coisas iriam melhorar e acontecer. Pesquisei muito o assunto e sei que a perspectiva não é boa. Há muita esperança em células-tronco, mas nada palpável até agora. Um cientista brasileiro, Miguel Nicolelis, quer usar a robótica para fazer um tetraplégico dar o pontapé inicial na Copa de 2014. Isso não me anima, não quero usar um exoesqueleto e sair na rua igual ao Robocop. Quero restaurar a função ativa da minha musculatura. Eu faço fisioterapia, a única coisa que posso fazer. De segunda à sexta, participo de sessões para não deixar meus músculos atrofiarem e vou ao psicólogo e psiquiatra, uma vez cada. Eu não sou uma pessoa depressiva ou bipolar, nunca tive tendência para isso. Tento viver minha vida, saio bastante com meus amigos e família. Estou trabalhando numa empresa, onde uso um computador e telefone com adaptações, mas tudo é difícil. Ainda mais quando vejo a vida das pessoas andando e a minha, parada.
Eu não consigo nem comer e escovar os dentes por conta própria. É muito penoso, passivo. Como posso esperar viver uma vida plena e longa se sempre estarei dependendo de alguém? É impossível, inviável e intolerável. Eu tinha uma vida plena até o dia do meu acidente. É fácil me dizer que devo tocar a vida. Não. Eu posso desejar uma qualidade de vida que eu não tenho e não sou obrigada a aceitar aquilo. É difícil para quem está de fora entender. As pessoas são egoístas, só pensam no quanto elas vão sofrer se você for embora. Não conseguem ter ideia do seu sofrimento. Gostaria que a minha decisão fosse respeitada. Eu entrei em contato com a Dignitas há um ano e meio. Fiquei aliviada em descobrir que lá não é um açougue. Eles se importam, querem saber o que você sente. Com a Dignitas, passei a ter uma alternativa, uma saída. Senti uma paz impressionante ao me cadastrar lá.
Eu sei que não vou envelhecer assim. O suicídio é uma coisa que vai acontecer na minha vida e eu espero que não demore. É algo que precisa ser bem trabalhado em família, porque eu não quero que eles sofram com isso. Principalmente meus pais, ainda mais minha mãe, que me carregou no ventre. É muito complicado. Queria organizar uma reunião familiar com um psicólogo para discutir a situação. Não quero fazer nada em desarmonia, não é justo. Eu tive a sorte e oportunidade de ir atrás de tudo possível para melhorar, e mesmo assim não tenho perspectiva. É por isso que vou até a Suíça."
Prevenção
DIGNITAS dá conta intensivo para a questão da prevenção suicide- e suicídio tentativa. O fato de que a cada ano na Suíça até 66'650 tentativas de suicídio falham - no Reino Unido este número é de até 264'800 - demandas que lidamos com esta questão. Muitas pessoas se machucam mal e sofrer de longa duração física e muitas vezes também problemas mentais, com graves conseqüências emocionais e financeiras para si, seus familiares, de parentes e amigos, e também para o sistema de saúde pública ea economia.
A questão do suicídio deve ser liberado a partir do tabu em torno dele e discutidas abertamente. De um modo semelhante ao problema do aborto, uma solução ideal, não estarão prontamente disponíveis. No entanto, é nosso dever procurar a melhor resposta para o problema. DIGNITAS procura sempre oportunidades para ajudar as pessoas para a vida em vez da morte.
The suicide tourist HDTV documentary
Infelizmente, não conseguimos achar o vídeo em português
Então, pra quem achou que isso era tudo um mito, realmente existe! Para saber mais, acesse o site da própria clínica clicando aqui
Fontes:
http://sergiochimelli.wordpress.com/2010/12/11/clinica-da-morte-dignitas-suica/
http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/06/depoimentos-de-brasileiros-que-se-inscreveram-na-clinica-especializada-em-morte.html
http://www.dignitas.ch/
https://www.youtube.com/watch?v=EzohfD4YSyE
https://www.youtube.com/watch?v=0BCIkL2zclA
12 Comentários
Eu estou lendo o livro como eu era antes de vc e vim pesquisar o que era isso (Obrigada pelas informações claras) ... acho muito triste a pessoa querer colocar fim a própria vida mesmo com todas as circunstâncias :(
ResponderExcluirNão acho triste, acho que é um direto... uma pessoa de fora não sabe o que a outra esta passando, nem quanto aguenta passar.. é direto do ser humano não querer depender de alguém até para escovar os dentes... acredito que cada um tenha direto de fazer o que quer com o próprio corpo, desde que assuma e seja consciente das consequências.
ExcluirQue veia doida!!! Não passa de uma ignorante! Sequer sabe que pode acordar no Vale dos Suicidas! Onde vai conhecer o verdadeiro sofrimento!!!
ResponderExcluirO "vale dos suicídas" que vc refere-se... é de caráter cultural. Sua religião condena, porém em outros países a cultura do suicídio é vista como morrer dignamente e honrradamente. Devemos respeitar as escolhas individuais e credos de cada pessoa!
Excluircala a boca, Kevin, seu imbecil. empurre sua bobagem ideológica pra alguém que não esteja sofrendo. covarde.
ResponderExcluirEu tbm passei a pesquisar sobre o assunto depois de ler o livro como eu era antes de você. Isso é muito triste. Na verdade as pessoas não querem acabar com a vida, querem acabar com o sofrimento.
ResponderExcluirTenho uma dúvida: caso eu não consiga me comunicar (cega, surda, muda, tetraplégica) porem consciente, minha família poderia me levar a Dignitas para o suicídio? Eu preciso deixar algo escrito antes sobre essa minha vontade? Ou basta a palavra dos meus pais que essa seria a minha vontade caso eu pudesse me comunicar?
ResponderExcluirEu tenho tanto medo que algo assim aconteça :/
Caso não possa, você sabe alguma entidade que meus pais poderiam recorrer para que eu tivesse o sofrimento interrompido? Muito obrigada
Olá, é necessário que você deixe alguma comprovação de que realmente quer isso. Como dito acima, você e uma testemunha devem está presentes
Excluirprevenção de suicídio:
141
0800 273 8255
0800 290 0024
salve uma vida!
Tudo um mistério.
Excluirporq tao me dando cotoco
ResponderExcluirsou espirita e acredito que exista o vale dos suicidas, mas não somos nos quem decidimos quem e merecedor para ir para esse lugar, vejo muitos julgamos e pouca misericórdia, Deus nos deu livre arbítrio para escolhermos nosso caminho, mas somos responsáveis por tudo o que fizermos, realmente a vida dessas pessoas não deve ser nada facial, acredito que o suicídio não e a melhor saída, mas sou eu saudável, pesando todas as minha crenças, mas será que estando na mesma situação não pensaria o mesmo? Antes da critica tenhamos compaixão pela dor dessa pessoa.... lição tão simples deixada por nosso mestre Jesus....
ResponderExcluirEu já fiz o meu testamento!
ResponderExcluirSe eu soubesse da existência do Dignitas,eu teria colocado isso numa cláusula!