
Espiral de aço
Ela curtia emboscadas, mantendo-se à beira dos rios com os olhos e as narinas atentos. Na hora do bote, movia-se a 3,5 m por segundo, enrolando-se na vítima até imobilizá-la. Depois, apertava com uma pressão que foi estimada em 400 libras por polegada quadrada, o equivalente ao peso de três torres Eiffel! A vítima morria sufocada e/ou esmagada
Escondida na paisagem
O calor dos trópicos nessa época, com picos de 40 oC, teria estimulado o crescimento descomunal do bicho. O ambiente também pode ter influenciado outra característica: acredita-se que suas escamas tivessem um tom marrom-esverdeado, com manchas pretas, imitando o padrão das folhas aquáticas e garantindo uma camuflagem eficiente

As mandíbulas eram bipartidas, ou seja, não eram rigidamente ligadas. A boca podia abrir num ângulo de 180o. Assim, ela podia engolir um bicho quatro vezes o tamanho de sua cabeça (alguns paleontólogos sugerem que ela seria capaz até de abocanhar uma motocicleta inteira). Os dentes eram pequenos, pontiagudos e recurvos, típicos de cobras não venenosas.Grandes cavidades oculares no crânio levam a crer que ela tinha órgãos detectores de fontes de calor, agindo como óculos infravermelhos
Jiboiando
As presas favoritas costumavam ser as de grande porte, como crocodilos primitivos e tartarugas gigantes. Numa “pratada” só, a titanoboa conseguia mandar pra dentro até 1 tonelada de comida – cerca de dez vezes mais que a refeição média de um tiranossauro rex. Depois de engolir tudo inteiro, ela passava até um ano imóvel fazendo a digestão
Vaso ruim não quebra
Acredita-se que, na época de reprodução, a fêmea atraía os machos exalando um forte odor e silvos estridentes. Ela gerava de dez a 80 filhotes, que eclodiam dos ovos no interior de sua barriga e já nasciam prontos para caçar sozinhos. Assim como os grandes répteis pré-históricos, a titanoboavivia bastante: cerca de 30 anos, segundo os paleontólogos
Desapertando o cinto
Em muitos aspectos, a titanoboa era parecida com as cobras atuais. Por exemplo: tal qual as jiboias, suas costelas eram capazes de se afastar para acomodar um alimento muito grande. Para impulsionar o corpo com curvas em S, ela contraía os músculos e a espinha dorsal. Esse movimento, chamado propulsão ondulatória, rolava melhor na água, apesar de o bicho ter sido terrestre
Outras serpentes enormes de diferentes épocas
Gigantophis garstini
QUANDO Há 40 milhões de anos
ONDE África
TAMANHO 10,7 m
QUANDO Há 40 milhões de anos
ONDE África
TAMANHO 10,7 m
Sanajeh indicus
QUANDO Há 65 milhões de anos
ONDE América do Sul, Oceania e África
TAMANHO 3,5 m
QUANDO Há 65 milhões de anos
ONDE América do Sul, Oceania e África
TAMANHO 3,5 m
Píton-real (Python reticulatus)
QUANDO Atualidade
ONDE Sudeste asiático
TAMANHO 10 m
QUANDO Atualidade
ONDE Sudeste asiático
TAMANHO 10 m
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