
Auschwitz foi uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polônia operados pelo Terceiro Reich e colaboracionistas nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha Nazista, maior símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Basicamente, os nazistas atraiam judeus para Auschwitz com uma esperança de vida melhor, porém era apenas uma armadilha sem volta. Lá os alemães torturavam, batiam, faziam experiências e depois matavam os judeus. Esse episódio ficou muito marcado em todo o mundo, afinal o que era feito lá dentro era inadmissível.

O local hoje em dia é mantido como um memorial em homenagem as mortes ali ocorridas. Lá você poderá ter acesso a prédios onde os judeus dormiam, eram torturados e até mesmo onde eram mortos. Alguns prédios inclusive possuem os pertences das vítimas do holocausto, como sapatos, óculos, malas e diversos outros. O canal do YouTube Jovem Nerd acabou visitando o local há alguns anos atrás e foi de lá que eu acabei tirando a ideia para este post. Caso queira conferir o vídeo para entender um pouco melhor da história, vou deixa-lo logo abaixo:
Mais de 25 milhões de pessoas já visitaram o memorial no antigo campo de concentração de Auschwitz, no sul da Polônia, desde a sua abertura, em 1947.
A cada ano, o local recebe mais de 2 milhões de visitantes vindos de todas as partes do mundo. O enorme complexo nazista ficava a 50 quilômetros de Cracóvia, às portas da pequena cidade de Oswiecim (nome de Auschwitz em polonês). Hoje, além do memorial, o local abriga um museu.
Até 1945, funcionava ali um sistema de extermínio em massa de dimensões inimagináveis. Ao lado dos três campos principais, o campo de extermínio central incluía campos auxiliares e subcampos de tamanhos variados. Para se ter uma ideia, somente o museu no campo principal de Auschwitz e o extenso Memorial de Auschwitz-Birkenau ocupam 191 hectares.
A fábrica da morte
Na primavera europeia de 1943, entraram em operação novos fornos no crematório do então já ampliado campo de Auschwitz-Birkenau. A funcionalidade foi testada em um transporte de prisioneiros: 1.100 homens, mulheres e crianças foram queimados em uma câmara de gás, após a morte agonizante pelo gás letal Zyklon B. Suas cinzas - e mais tarde também as dos prisioneiros e deportados mortos no campo de concentração - foram espalhadas pelos lagos ao redor.
O responsável técnico pela construção do campo de concentração de Auschwitz, o engenheiro e tenente-coronel da SS Karl Bischoff, escreveu: "A partir de agora, 4.756 corpos podem ser cremados em 24 horas."
Para acelerar a seleção na chegada dos transportes, foi construída em Birkenau uma rampa ferroviária de três vias, que ainda pode ser vista em Auschwitz-Birkenau. Mais de dois terços dos recém-chegados nem foram registrados como prisioneiros, sendo imediatamente enviados para as câmaras de gás.
No final de 1944, chegaram a Auschwitz os últimos transportes de judeus de toda a Europa. Anne Frank, de 15 anos, estava entre os deportados da Holanda ocupada. Depois da guerra, seus diários se tornariam um impressionante documento da perseguição de judeus pelos nazistas.
O número de mortos
O número exato de vítimas do Holocausto que morreram em Auschwitz não pode ser determinado. A cada ano, são descobertos novos detalhes em arquivos históricos. Estimativas científicas apontam que mais de 5 milhões de pessoas foram deportadas para os campos de concentração nazista. Poucos deles sobreviveram.
Em dezembro de 2019, foi publicado o resultado de uma pesquisa encomendada pelo memorial de Auschwitz-Birkenau, segundo o qual puderam ser identificados mais de 60% dos cerca de 400 mil prisioneiros registrados pela administração do campo na época. Esse número, no entanto, não abrange cerca de 900 mil judeus - especialmente idosos, doentes, mulheres e crianças pequenas - deportados para Auschwitz em transportes de massa da Europa ocupada pela Alemanha e assassinados em câmaras de gás imediatamente após a chegada.
Após a chegada em Auschwitz, só eram tatuados com um número de prisioneiro os que haviam sobrevivido à seleção na chamada "rampa de judeus". Eles eram registrados e usados para trabalhar nos próprios campos de concentração.
Segundo o memorial, mais de 1,1 milhão de pessoas morreram em Auschwitz-Birkenau. Noventa por cento das vítimas eram judeus - principalmente da Hungria, Polônia, Itália, Bélgica, França, Holanda, Grécia, Croácia, Rússia, Áustria e Alemanha.
As vítimas também incluíam membros das etnias nômades sinti e roma, homossexuais, praticantes da denominação Testemunhas de Jeová, deficientes físicos e opositores políticos da máquina de extermínio dos nazistas.
A libertação dos prisioneiros
Quando o Exército soviético chegou ao campo de Auschwitz em 27 de janeiro de 1945, os soldados foram confrontados com um cenário terrível: apenas cerca de 7 mil prisioneiros esqueléticos e doentes terminais haviam sobrevivido, 500 deles eram crianças. Poucos conseguiam ficar de pé, muitos estavam deitados no chão, apáticos.
A SS havia limpado o campo às pressas no final de janeiro e tentado remover os vestígios de suas máquinas de assassinato: arquivos, registros, atestados de óbito, muitas coisas foram queimadas às pressas. Apenas alguns documentos e fotos foram preservados. A maioria das barracas, câmaras de gás e crematórios foram explodidos.
Em pleno inverno, quase nenhum dos prisioneiros usava calçados ou roupas quentes. A maioria tinha apenas roupas finas de algodão, uniforme de prisioneiro do campo de concentração.
O memorial Auschwitz-Birkenau
No início de 1946, as autoridades de ocupação soviética entregaram o antigo campo ao Estado polonês. A partir de uma iniciativa de ex-prisioneiros e por decisão do Parlamento polonês, foi fundado em 1947 o memorial Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau.
O memorial inclui as instalações preservadas, prédios e barracas do campo de concentração de Auschwitz I (campo principal) e a área quase vazia do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau (Auschwitz II), bem como a área onde ficam os museus hoje. A primeira exposição foi criada em colaboração com o memorial israelense Yad Vashem.
Já no primeiro ano de existência, o local foi visitado por 170 mil pessoas. Em 2019, foram mais de 2 milhões de visitantes. Principalmente jovens e estudantes de todo o mundo visitam o museu e os locais onde aconteceram os crimes nazistas. Auschwitz-Birkenau está na lista de Patrimônios Mundiais da Unesco desde 1979.
Últimas testemunhas vivas
A cada ano, em 27 de janeiro, acontecem cerimônias para manter viva na memória coletiva a lembrança da libertação do campo de concentração de Auschwitz em 1945. Uma cerimônia solene também é realizada no Bundestag (Parlamento alemão) neste dia.
No passado, ali foram proferidos discursos emocionantes, seja por presidentes da Alemanha ou políticos europeus, por judeus que sobreviveram ao Holocausto, como Ruth Klüger e Anita Lasker-Walfisch, ou escritores e historiadores judeus de destaque, como Marcel Reich-Ranicki e Saul Friedländer. O Dia Internacional da Lembrança do Holocausto foi criado oficialmente pelas Nações Unidas em 1º de novembro de 2005.
Restam poucas testemunhas que sobreviveram ao campo de concentração de Auschwitz e que podem contar suas histórias. Durante a chamada "Marcha dos Vivos", realizada todos os anos a partir do antigo campo de concentração de Auschwitz até Birkenau, os últimos prisioneiros sobreviventes do campo de concentração caminham de mãos dadas com jovens de todo o mundo. Os filhos, netos e bisnetos - não apenas das famílias judaicas - em breve terão que manter vivas as lembranças sozinhos.
Se vocês quiserem, posso trazer post sobre relatos dos sobreviventes de Auschwitz. Deixe um comentário abaixo.
Fonte: Dw, TriCurioso
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